A continuidade da vida na Terra depende, em grande parte, da preservação da sua biodiversidade, ou seja, da riqueza de espécies e de formas de vida existentes nos mais variados habitats, assim como da manutenção das relações existentes entre os seres vivos e destes com os fatores ambientais nos ecossistemas.
Em nossa região, uma área de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, encontramos um acervo riquíssimo de espécies, porém, em áreas bem degradadas pela presença humana. Vestígios destes ecossistemas, assim como áreas de preservação, podem ser encontradas bem próximas da Escola Municipal Agrícola em questão, onde o presente trabalho foi desenvolvido.
Preservar a biodiversidade requer a construção de conceitos amplos e profundos sobre a Natureza, sua constituição e suas leis, e a mudança de hábitos e comportamentos, no sentido de respeitá-la e poupá-la o máximo possível. Por sua complexidade e importância, este tema tem se tornado prioritário e gerador de outros temas no ensino de Ciências Naturais e Biologia da escola formal, assim como em outros âmbitos da educação, na sua concepção mais ampla.
Conhecer e compreender a Natureza requer, necessariamente, estar em contato direto com ela, observar as variações entre ambientes diversos, coletar e analisar dados quantitativos e qualitativos, impregnar os sentidos de tudo aquilo que ela pode oferecer. E, para esta finalidade, as aulas de campo são imprescindíveis, sem as quais corre-se o risco de se incidir sobre uma educação superficial, descontextualizada e desconexa com a realidade. Para um aprendizado concreto e real, a teoria deve fundamentar a prática e esta, acima de tudo, justificar a própria teoria.
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